Diagnóstico molecular do vírus SARS-CoV-2 em amostras fecais de pacientes acometidos pela covid-19 provenientes de um hospital de campanha do município de Niterói, Rio de Janeirovoltar para a edição atual

Davi Almada Gabriel

Sob orientação de SHENIA PATRICIA CORREA NOVO e André Vinícius Costa Ribeiro
O vírus SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19, é, segundo a OMS (2020), principalmente transmitido por meio de gotículas respiratórias e vias de contato, sendo sua detecção no organismo humano realizado por meio de técnica molecular de Reação em Cadeia de Polimerase em Tempo Real, a RT-PCR. Protocolo descrito e aplicado pela CDC (2020). Todavia, a possibilidade de uma disseminação oral-fecal deve ser levada em consideração (GU et al., 2020; DOREMALEN et al., 2020), uma vez que o RNA viral tem sido detectado nas fezes de um grande percentual de pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 (HARMER et al., 2002). Ademais, pesquisas recentes já demonstraram a presença de SARS-CoV-2 nas fezes de pacientes que desenvolveram a COVID-19 (WANG et al., 2020; WU et al., 2020) fortalecendo a hipótese de uma possível via de transmissão fecal-oral. A presente pesquisa enfatiza a importância da detecção de fragmentos virais e/ou partículas virais em fezes eliminadas por pacientes com a COVID-19, para que se aprimore o conhecimento sobre a disseminação do SARS-CoV-2 por via fecal, uma vez que informações referentes à transmissão fecal-oral permanecem relativamente escassas (CAI et al., 2020a; CHEN et al., 2020; GHINAI et al., 2020; GU et al., 2020). Dessa forma, com o propósito de trazer mais esclarecimentos acerca dos riscos de exposição ao novo coronavírus e contribuir para a confirmação de uma possível rota de infecção oral-fecal, o objetivo desse subprojeto é realizar uma investigação da carga viral de SARS-CoV-2 eliminada nas fezes de pacientes internados com a COVID-19 no Hospital Oceânico (hospital de Campanha para COVID-19), Município de Niterói.
Palavras-chaves:SARS-COV-2PARASITOS INTESTINAISVIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Área de conhecimento (CNPq): Microbiologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 16.1. Vigilância epidemiológica