Desenvolvimento de Biossensor baseado na tecnologia de ressonância plasmônica de superfície para estudo e diagnóstico da hepatite Avoltar para a edição atual

vanessa da silva santos

Sob orientação de LUCIANE ALMEIDA AMADO LEON e FRANKLIN SOUZA DA SILVA
A infecção pelo vírus da hepatite A (HAV) ocorre no mundo todo, representando a causa mais comum de hepatite viral aguda. A infecção pelo HAV se apresenta atualmente como um problema de saúde pública em muitos países em desenvolvimento, como o Brasil, onde se observa uma mudança dos padrões epidemiológicos devido às melhorias das condições de higiene e habitação durante as últimas duas décadas. No Brasil, embora venha ocorrendo um aumento da proporção de indivíduos suscetíveis, a persistência do vírus circulando no ambiente potencializa as chances de ocorrência de casos agudos e surtos epidêmicos. Portanto, um diagnóstico rápido e de larga escala dos casos agudos pode auxiliar na adoção de medidas adequadas de contenção do surto, assim como detectar os indivíduos suscetíveis que podem ser candidatos a vacinação. A recente inclusão da vacina, no PNI, em 2014, reforça a necessidade de um sistema de vigilância epidemiológica para avaliação de resposta vacinal. Diante do cenário epidemiológico atual da hepatite A no Brasil, o emprego de técnicas avançadas para o diagnóstico rápido e em larga escala, pode ser uma alternativa promissora aos testes imunonoenzimáticos, atualmente disponíveis. Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho foi padronizar biossensores de refletância aplicados ao imunodiagnóstico em larga escala da hepatite A, para detecção de anticorpos e antígenos do HAV (HAVAg). Para detecção de anticorpos anti-HAV utilizando um biossensor de refletância, utilizaremos a proteína VP1 recombinante, imobilizada no sensor chip COOH5, enquanto que, para detecção de HAVAg, utilizaremos anticorpos monoclonais anti-HAV imunolizados no sensor chip. Posteriormente, para estabelecer as condições de regeneração do biossensor, realizaremos uma cinética de tempo (30s a 2 min) com a solução glicina (10mM, pH 1,5) para determinar o tempo e volume de tampão capaz de regenerar melhor o sensor chip, utilizando anticorpos anti-HAV IgM e IgG purificados (1,75nM). A fim de avaliar a interação antígeno-anticorpo no biossensor serão utilizados anticorpos anti-HAV IgM e IgG purificados, em diferentes concentrações (1,75nM; 0,875nM; 0,437nM; 0,218nM) e desta forma serão avaliados os parâmetros de acurácia do ensaio: sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade. Para avaliar o desempenho do teste SPR utilizaremos amostras-controle de soro positivos e negativos para anti-HAV IgM e HAVAG. Ao final deste projeto visamos desenvolver ensaios de biossensor com acurácia para aplicação no diagnóstico rápido e em larga escala da hepatite A, contribuindo consequentemente, para as ações de vigilância e tornar mais rápidas as ações preventivas e de contenção da transmissão do vírus em casos de surtos epidêmicos e em transfusões sanguíneas
Palavras-chaves:HEPATITES VIRAISDIAGNÓSTICOBIOSSENSORHEPATITE APROTEÍNA RECOMBINANTE Área de conhecimento (CNPq): Saúde Coletiva Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 3.4. Imunopatologia e resposta imunológica nas infecções virais