Síntese de derivados azólicos com potencial atividade contra o Câncervoltar para a edição atual

O câncer é uma doença complexa que varia extensivamente na forma como se apresenta, no seu desenvolvimento e nos sintomas de um paciente para outro. As estatísticas nacionais e internacionais não deixam dúvidas e servem de alerta para o grave problema de saúde pública mundial que representa essa doença. O câncer é a segunda causa de morte no mundo, sendo responsável por 8,8 milhões de mortes em 2015. As estimativas são que 12 milhões de pessoas morrerão de câncer em 2030 e, em 2020, a taxa anual de incidência da doença seja da ordem de 15 milhões, sendo que cerca de 60% desses novos casos ocorrerão em países em desenvolvimento. No Brasil, a estimativa para o biênio 2018-2019, é a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer, para cada ano. Diante deste quadro, salienta-se uma real necessidade de investimentos não só em ações que visem o combate e o controle desta doença, mas também no campo da pesquisa direcionado para o desenvolvimento de novas substâncias, tendo em vista que os medicamentos atualmente disponíveis para a prática clínica possuem efeitos colaterais severos, devido à grande parte do arsenal quimioterápico atuar de forma inespecífica. Neste contexto, várias substâncias contendo anéis heterociclos, como os tiazóis, tem sido sintetizadas e reportadas com atividade antineoplásicas. Além disso, as quinolinas também vem sendo frequentemente exploradas na síntese de substâncias bioativas. Assim sendo, os objetivos específicos deste projeto são a síntese de novos derivados quinolínicos contendo núcleo tiazólico que serão avaliados frente a diferentes linhagens de células cancerosas além do estudo da relação estrutura-atividade dessas substâncias.