Diálogos deliberativos sobre a síntese necessidades e estratégias para atender pessoas com deficiência em emergências de saúde pública, em particular a pandemia do COVID-19voltar para a edição atual

DEBORA RIBEIRO REZENDE

Sob orientação de Flávia Tavares Silva Elias
Diálogo deliberativo a partir da síntese de evidências sobre necessidades e estratégias para atender pessoas com deficiência durante os períodos de emergência em saúde pública. A busca estruturada da literatura foi realizada entre janeiro e fevereiro de 2020 e nas bases de dados MEDLINE via Pubmed, Embase, Web of Science,), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Colaboração Cochrane, PDQ-Evidence, Research, Evidence & Development Initiative (READ-IT/Effective Health Care Research Consortium (EHCRC)), Scielo. e norteada pela pergunta de pesquisa “Quais as necessidades e estratégias que podem ser adotadas durante o período da pandemia do COVID-19, para atender populações portadoras de deficiência? Os estudos incluídos demonstraram que as pessoas com deficiência ainda necessitam de maiores cuidados em momentos de emergências em saúde pública. Foram incluídos nesta revisão estudos que abrangeram oito categorias de estratégias que visavam mitigar os efeitos das emergências para as pessoas com deficiência, sendo: (1) habitação e infraestrutura; (2) Trabalho, ocupação e renda; (3) Planejamento e gestão; (4) Assistência Social; (5) Telessaúde; (6) Comunicação; (7) Atenção integral a Saúde; (8) Educação para pessoa com deficiência. Dentre as estratégias selecionadas, a maioria trazia abordagens exclusivas para pessoas com deficiência (85,8%), porém, também foram incluídas opções que podem ser incorporadas para atender necessidades da população em geral, com ou sem deficiência. Políticas de acesso e equidade em saúde são essenciais e devem ser formuladas contando com membros da comunidade, pois estes sabem elencar as prioridades, melhorias e dificuldades. Apesar de a saúde ser um direito de todos e ser teorizada no princípio da equidade, na prática ainda há muito o que fazer para que pessoas em vulnerabilidade tenham garantia de proteção social e de saúde. Espera-se com o diálogo obter elementos de implementação para contexto local, barreiras, apontando possíveis adaptações que seriam necessárias. O público do diálogo serão associações que representam pessoas com deficiência, trabalhadores de saúde e assistência social, gestores, pesquisadores de forma a obter opinião qualificada para guiar políticas para pessoas com deficiência implementando ações factíveis que promovam maior equidade e acesso a saúde em períodos de crise.
Palavras-chaves:POLÍTICAS INFORMADAS POR EVIDÊNCIAEVIDÊNCIA CIENTÍFICAPOLÍTICAS PÚBLICASPOLÍTICAS INFORMADAS POR EVIDÊNCIASEVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS Área de conhecimento (CNPq): Saúde Coletiva Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 17.5. Formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas e programas de saúde