FATORES RELACIONADOS A FRAGILIDADE EM UMA COORTE DE IDOSOS VIVENDO COM HIV/AIDS NO RIO DE JANEIROvoltar para a edição atual

DANIEL ARABE

Sob orientação de SANDRA WAGNER CARDOSO e THIAGO SILVA TORRES
Introdução: A terapia antirretroviral possibilitou o aumento da sobrevida das pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) e, por consequência, as pessoas estão envelhecendo com HIV. A infecção crônica pelo HIV parece ter consequências no processo de envelhecimento, incluindo o desenvolvimento da fragilidade. Objetivos: Estimar a prevalência de fragilidade entre PVHA com 50 anos ou mais na coorte do INI-Fiocruz, avaliar as associações entre fragilidade e qualidade de vida (QV), além de elaborar um procedimento operacional padrão (POP) para o ambulatório de HIV do INI-Fiocruz. Metodologia: Estudo prospectivo seccional, exploratório, realizado entre maio de 2019 e março de 2020, com PVHA de 50 anos ou mais acompanhados na coorte do INI-Fiocruz. Um questionário foi aplicado contendo questões sobre dados sociodemográficos, clínicos, fragilidade e QV. A fragilidade foi mensurada através do método proposto por Fried, constituído por cinco domínios: (1) perda de peso; (2) exaustão, (3) fraqueza, (4) baixa velocidade de marcha, (5) baixa atividade física e os participantes foram classificados em não frágeis, pré-frágeis e frágeis. QV foi avaliada através do questionário ACTG SF-21, construído por oito domínios. Testes de Kruskal-Wallis e de Fisher foram utilizados para avaliar associações entre fragilidade e os domínios de qualidade de vida, e outras co-variáveis. Resultados: Durante maio de 2019 a abril de 2022, 244 indivíduos foram avaliados. Entre os 107 participantes incluidos inicialmente, 63,6% eram homens, 57,9% heterossexuais, 45,8% pardos, 66,4% residiam na cidade do Rio de Janeiro, 43,9% possuiam ensino médio completo e 36,4% reportaram renda familiar < 3 salários mínimos. A prevalência de fragilidade foi de 6,6% (95% IC: 2,9-13,5); 63,5% dos participantes foram considerados pré-frágeis. O domínio mais pontuado para fragilidade foi o baixo nível de atividade física. Participantes com fragilidade apresentaram menores escores de qualidade de vida em comparação com os não frágeis e pré-frageis (p<0,02). Conclusão: Foi possível realizar uma análise parcial com os resultados obtidos. Contudo, de forma a estimar a taxa de prevalência de fragilidade e determinar os fatores associados à fragilidade em uma coorte de pessoas vivendo com HIV/aids no Rio de Janeiro, será realizado a análise dos dados totais da amostra após a digitação e controle de qualidade para posterior redação do manuscrito.
Palavras-chaves:HIVFRAGILIDADEIDOSOTRATAMENTO ANTIRRETROVIRALFARMACOCINÉTICAQUALIDADE DE VIDAADESÃO Área de conhecimento (CNPq): Medicina Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 12.5. Pesquisa clinica ligada a gênero e do idoso