DIVERSIDADE DE BESOUROS AQUÁTICOS (INSECTA: COLEOPTERA) DE ALAGOAS E SERGIPE, NORDESTE DO BRASILvoltar para a edição atual

IGOR SIQUEIRA MEDEIROS

Sob orientação de MARCIO EDUARDO FELIX e RAFAEL BENZI BRAGA
Coleoptera é a ordem de insetos com o maior número de espécies, mais de 385.000 (SLIPINSKI et al., 2011). Ocorrem em quase todos os tipos de ambientes, com exceção apenas da Antártica e dos oceanos (JÄCH & BALKE, 2008). Apenas um pequeno percentual de besouros possui o hábito de vida aquático e apenas três grupos de famílias se sobressaem como predominantemente aquáticas, Hydrophiloidea, Dryopoidea e os Hydradephaga (FRIDAY, 1988). O conhecimento sobre os coleópteros aquáticos do Brasil ainda é precário, sendo a maior parte das informações concentrada na fauna de outras regiões biogeográficas. Embora existam algumas obras e manuais de identificação com escopo mundial, isso não é suficiente para abranger a grande riqueza da Região Neotropical. Besouros aquáticos (Insecta: Coleoptera) desempenham papel importante em ecossistemas límnicos e o conhecimento sobre esses insetos é essencial para o estudo da biologia aquática e manejo adequado dos corpos d’água doce. A fauna de besouros aquáticos do Brasil é pobremente conhecida na maior parte do território, e a Região Nordeste segue pouquíssima explorada, principalmente os estados de Alagoas e Sergipe. Tal déficit pode ser superado pela realização de coletas direcionadas e desenvolvimento de estudos taxonômicos por especialistas. O objetivo do estudo proposto é conhecer a diversidade e distribuição de besouros aquáticos de Alagoas e Sergipe através de coletas de espécimes e estudos taxonômicos. Os estudos aqui propostos resultarão em publicações taxonômicas que contribuirão para o conhecimento da fauna brasileira, especificamente da Caatinga e da Mata Atlântica, duas áreas prioritárias para o estudo da biodiversidade. O principal objetivo do projeto é ampliar o conhecimento sobre a diversidade de besouros aquáticos de Alagoas e Sergipe. O material já esta disponível no Laboratório de Biodiversidade Entomológica da Fiocruz, que disponibiliza toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento do projeto. As coletas foram feitas nos corpos d’água onde os besouros vivem através de busca ativa e uso de puçás, redes e sugadores. Indivíduos coletados foram preservados em etanol a 95%. A identificação dos espécimes se dará através das descrições originais, redescrições disponíveis, chaves de identificação e comparações com material de coleções de referência. Espécimes de táxons inéditos serão separados para posterior descrição morfológica, tomada de medidas, obtenção de fotografias e e desenhos. Após isso, os manuscritos preparados serão submetidos para publicação em periódicos científicos. Todo o material identificado será organizado em planilhas. Listas taxonômicas e mapas de distribuição geográfica serão preparados.
Palavras-chaves:COLEOPTERATAXONOMIANEOTRÓPICODISTRIBUIÇÃO Área de conhecimento (CNPq): Zoologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 1.4. Pesquisa, educação e divulgação científica nas coleções entomológicas