Estudo do efeito anti-inflamatório das nanopartículas de ouro no tratamento de doenças inflamatórias pulmonaresvoltar para a edição atual

VICTOR HUGO GRAMOSA RODRIGUES

Sob orientação de Marco Aurelio Martins e AMANDA DA COSTA COTIAS SANTANA
Doenças respiratórias com a asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) tem como principal característica um intenso processo inflamatório no tecido pulmonar. Tais doenças são consideradas um grave problema de saúde pública, devido as altas taxas de mortalidade e morbidade, além de um grande custo socioeconômicos. O tratamento da asma se baseia na associação dos glicocorticoides e broncodilatadores, embora efeitos adversos e a resistência limitem sua utilização. Entretanto, para outras doenças como a DPOC e SDRA o panorama é ainda pior, devido à falta de terapias eficazes. Sendo assim, é necessária a busca por novas alternativas terapêuticas para essas doenças. Neste contexto, as nanopartículas de ouro (AuNPs) têm sido amplamente estudadas em diversas aplicações biomédicas, devido a sua biocompatibilidade, facilidade de conjugação a biomoléculas e principalmente por possuírem baixa toxicidade. Muitos estudos na literatura vêm apontando efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes das AuNPs em modelos experimentais de diferentes doenças inflamatórias. Recentemente, nosso grupo, em colaboração com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), demonstrou que a nanopartícula de ouro inibe os níveis de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias, prevenindo assim, a hiper-reatividade das vias aéreas, a inflamação e o remodelamento pulmonar em modelo experimental de asma. Nesse sentido, a utilização das AuNPs pode contribuir para o desenvolvimento de novas terapias mais eficientes para inúmeras doenças inflamatórias. Assim, o propósito do presente estudo é avaliar o efeito anti-inflamatório de AuNPs no tratamento da inflamação pulmonar induzida por LPS. Para tanto, camundongos A/J serão desafiados por aspiração orofaríngea de LPS (10 ?g/ 40?L), por um dia (Protocolo em que os animais respondem aos GCs) ou três dias consecutivos (Protocolo em que os animais se tornam refratários aos GCs). As análises serão realizadas 24h após o último desafio com LPS e serão avaliados parâmetros como: (i) hiper-reatividade das vias aéreas à metacolina por pletismografia invasiva, (ii) contagem de leucócito no lavado broncoalveolar e no tecido pulmonar, (iii) confecção dos cortes pulmonares para as análises histológicas da inflamação e da fibrose subepitelial por morfometria, (iv) quantificação dos níveis de mediadores inflamatórios e (v) avaliação de parâmetros relacionados ao quadro de estresse oxidativo.
Palavras-chaves:ASMADPOCPULMÃOINFLAMAÇÃOMODELOS EXPERIMENTAISANESTÉSICOS LOCAISDOENÇAS INFLAMATÓRIAS PULMONARESLIDOCAÍNAMODELO EXPERIMENTAL ANIMAL Área de conhecimento (CNPq): Farmacologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 5.4. Estudos celulares, bioquímicos e moleculares do processo inflamatório, mecanismos fisiopatológicos e perspectivas terapêuticas nas respostas inflamatórias local e sistêmica