Protótipo vacinal sintético baseado na Duffy Binding Protein II (DBPII) do Plasmodium vivax: avaliação da resposta imune humoral de longa duraçãovoltar para a edição atual

Sofia Lara Afonso

Sob orientação de Flora Satiko Kano e Luzia Helena Carvalho
A mala?ria causada por Plasmodium vivax e? de grande importância em Saúde Pública e amplamente distribuída fora do continente Africano e associada com evide?ncias de resiste?ncia do P. vivax a?s drogas, casos graves e recidivas desse parasito preocupa e reforc?a a necessidade de se desenvolver uma vacina que possa contribuir no controle dessa doenc?a. A principal proteína de fase sanguine de P. vivax candidata à vacina, a DBPII é polimorfica e induz anticorpos antígenos específicos. Assim, com o objetivo de induzir uma imunidade de ampla reatividade a?s diferentes variants, o protótipo DEKnull-2 foi construído e tem mostrado resultados promissores. Assim, o objetivo do presente trabalho é avaliar a resposta imune humoral contra DBPII e DEKnull-2 em uma população da Amazônia brasileira em um estudo longitudinal de longa duração. Para isso, nosso grupo vem conduzindo um estudo longitudinal de base populacional na populac?a?o do assentamento agri?cola de Rio Pardo desde novembro de 2008, onde no primeiro ano do estudo, incluiu 3 cortes transversais com 6 meses de intervalo, e cortes transversais adicionais foram realizados nos anos 6, 7, 9 , e 11 e 13 anos de acompanhamento. Foco será dado no 13º ano do estudo do estudo longitudinal que foram recrutados 175 indivíduos, dos quais 139 (80%) já participaram anteriormente do estudo, sendo 99 indivíduos desde o início do estudo em 2008, enquanto que 40 indivíduos participaram desde de 2019. Somente 36 indivíduos (20%) são novos participantes. As características demográficas e epidemiológicas dos indivíduos estão descritas na Tabela 1. No geral, a mediana de idade foi de 47,1 anos (intervalo interquartil (IQR): 30,2 - 60,2), a proporção de homem e mulher foi de 1,2:1. A mediana de anos de residência em Rio Pardo foi de 15 anos (6-20). Como esperado, o tempo de residência na comunidade foi maior dos participantes desde 2008 (19 anos, IQR: 10,5 - 22,0) quando comparados com os de 2019 (5,5 anos, IQR: 2,0 - 9,0) e novos participantes (7 anos, IQR: 4,0 - 10,8). A frequência de população ribeirinha foi similar entre os grupos em torno de 40%. Não foi detectada infecção malárica positiva tanto pela microscopia e pelo diagnóstico molecular (Amaral et al., 2019). Em relação a resposta de anticorpos IgG total contra DBPII Sal-1 e DEKnull-2, no geral, 17% (29/175) apresentaram anticorpos contra ambas as proteínas. No entanto, a positividade foi maior entre os indivíduos acompanhados, com frequências de 21% (21/99) para os participantes desde 2008, 17,5% (7/ 40) para recrutados em 2019 e somente 2,9% dos novos participantes foram positivos (Tabela 1). Com os resultados da respostas de anticorpos contra DBPII-Sal-1 em 13 anos de acompanhamento podemos verificar que a frequência variou entre 10,3% e 25%, enquanto que para DEKnull-2 foi de 7% a 35.8%. Com esses resultados serão possíveis identificar a proporção de indivíduos respondedores persistente e não-respondedores para assim, dar continuidade a caracterização imunológica da DBPII e DEKnull-2, e assim, validar a DEKnull-2 como vacina sintética contra a malária por P. vivax. Além disso, atividades remotas como uma revisa?o bibliogra?fica foram desenvolvidas no periodo.
Palavras-chaves:MALÁRIAP. VIVAXPROTOTIPO VACINALRESPOSTA IMUNEPLASMODIUM VIVAXDBPIIPROTEINA RECOMBINANTE Área de conhecimento (CNPq): Parasitologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 4.5. Imunopatologia e resposta imunológica nas infecções parasitológicas