Abordagens genéticas e funcionais sobre o papel de VLA-4 em células Tvoltar para a edição atual

GIOVANNA MOREIRA FERREIRA

Sob orientação de VINICIUS COTTA DE ALMEIDA e Rafaella Ferreira Reis
O êxito da resposta imune depende da ativação específica de células T e sua subsequente capacidade de locomoção aos sítios inflamatórios. O evento de migração transendotelial dessas células tem participação relevante da integrina integrina VLA-4, expressa em altas densidades na superfície de células T ativadas. Essa integrina é central para a regulação da ativação e migração de células T, sendo alvo em terapias que visam intervir nos processos de infiltração tecidual em diversas doenças crônicas de natureza infecciosa, autoimune e neoplásica. Particularmente, há relatos de polimorfismos gênicos em ITGA4 (codifica a subunidade ?4) em doenças, como a esclerose múltipla. Essas variantes têm o potencial de interferir sobre a relação estrutura-função da molécula. Nesse contexto, a avaliação de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) permite a caracterização da relação entre as variações genéticas observadas no gene ITGA4 e as funções da integrina. Avaliar o impacto de alterações no gene ITGA4 sobre a estrutura e função da integrina VLA-4 no papel migratório e efetor de células T. Nesse projeto, objetivamos analisar a presença de polimorfismos gênicos e perfis de expressão gênica relacionados à integrina VLA-4 em bases de dados públicas e caracterizar, experimentalmente, o impacto funcional da ausência da integrina VLA-4 em células T. As análises da literatura sobre estudos de expressão gênica dos genes codificantes da integrina, ITGA4 e ITGB1 em células T e monócitos mostraram um total de 3.367 estudos, com 34 publicações relativas a células T e 20 sobre monócitos. Observamos também que a maior parte dos estudos focava na expressão diferencial em subgrupos de células T, co-expressão e co-regulação de VLA-4 com outras moléculas envolvidas em adesão e migração leucocitária, e expressão em doenças específicas, como o câncer e a esclerose múltipla. Encontramos também estudos apontando que alguns polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), considerados deletérios e patogênicos, podem gerar alterações funcionais nos linfócitos T. Essas pesquisas iniciais apontam para a relevância da sistematização atualizada desses estudos, com potencial de contribuir para o melhor entendimento do papel de VLA-4 em células T, reforçando ainda a necessidade de mais estudos experimentais.
Palavras-chaves:INTEGRINAMIGRAÇÃOINFLAMAÇÃOCÉLULAS TIMUNOTERAPIA Área de conhecimento (CNPq): Imunologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 5.4. Estudos celulares, bioquímicos e moleculares do processo inflamatório, mecanismos fisiopatológicos e perspectivas terapêuticas nas respostas inflamatórias local e sistêmica