Avaliação da BR-OVT associada ao extrato de larvas de A. aegypti e ao biolarvicida Bti como estratégia de armadilha atrativa e letal para os mosquitos A. aegypti e C. quinquefasciatusvoltar para a edição atual

CAIO CESAR ROMAO POMPILIO DE MELO

Sob orientação de Rosangela Maria Rodrigues Barbosa e Gabriel Bezerra Faierstein
O mosquito Aedes aegypti é uma espécie presente em todo o mundo e tem grande importância médica por ter capacidade vetorial para diversos arbovírus que afetam os seres humanos. No Brasil, A. aegypti é o principal transmissor do vírus Dengue, Chikungunya, e Febre amarela. O conhecimento do comportamento dos mosquitos possibilita o entendimento sobre os mecanismos de estabelecimento e dispersão desses vetores. Tais conhecimentos são relevantes para o desenvolvimento de novas abordagens para o monitoramento e controle vetorial, ações atualmente prioritárias no Programa Nacional de Controle a Dengue (PNCD). O estudo tem como objetivo avaliar a armadilha BR-OVT associada ao extrato de larvas e ao biolarvicida Bti como estimulantes de oviposição para A. aegypti e Cx. quinquefasciatus em condições de laboratório, campo simulado e campo em pequena escala. Os testes serão conduzidos nas dependências internas e externas do IAM e do Centro de Biociências da Universidade Federal de Pernambuco (CB-UFPE). Inicialmente, serão realizados ensaios em laboratório, utilizando as espécies A. aegypti e Cx. quinquefasciatus. Os ensaios serão realizados de forma pareada, utilizando 20 fêmeas grávidas de cada espécies por vez. Serão oferecidos para as fêmeas dois recipientes (100 ml), um com extratos de larvas dessecadas, e outro apenas com água destilada (controle). Os extratos serão feitos a partir da suspensão de larvas dessecadas em estufa (65 °C por 15h), em água destilada (0,33 larva/ml), e posteriormente serão filtradas convencionalmente em papel de filtro. Os testes serão repetidos 12 vezes. Os testes em campo simulado serão conduzidos na Sala de Experimentação Comportamental André Furtado & Lêda Regis do IAM/FIOCRUZ-PE, utilizando uma BR-OVT com 2 litros de extrato larval (0,33 larva/ml) e 2 g de Bti, e outra BR-OVT apenas com água e Bti (controle). Em seguida, serão liberadas 50 fêmeas grávidas e 50 machos de A. aegypti e Cx. quinquefasciatus, simultaneamente. As avaliações serão encerradas após três dias de exposição, com recolhimento da armadilha, e aspiração manual dos mosquitos que ainda estiverem soltos. Os mosquitos aprisionados e os ovos serão contabilizados manualmente. Os testes serão repetidos 12 vezes. No campo, os ensaios serão conduzidos de forma semelhante aos de campo simulado. No entanto, armadilhas pareadas (teste versus controle) serão distribuídas em oito localidades em torno do Instituto Aggeu Magalhães e do Centro de Biociências da UFPE. As manutenções, que consistem em contagem dos mosquitos capturados e dos ovos coletados, assim como a troca de todo conteúdo interno da armadilha, será feita quinzenalmente. Os testes de campo serão repetidos 40 vezes. A avaliação de armadilhas associadas às iscas atrativas e aos biolarvicidas podem nortear medidas alternativas para monitoramento e controle para Aedes e Culex.
Palavras-chaves:CULICÍDEOS VETORESISCASSEMIOQUÍMICOS Área de conhecimento (CNPq): Biologia Geral Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 1.5. Controle de vetores e reservatórios