Avaliação do transplante hepatocitário e com minifígados na lesão hepática crônica induzida pela dieta deficiente em metionina e colinavoltar para a edição atual

EVELYN DA SILVA DE MELO

Sob orientação de CRISTINA ALVES MAGALHAES DE SOUZA e EVELLYN ARAUJO DIAS
Lesões hepáticas crônicas são um grande problema de saúde pública devido ao alto índice de morbidade e mortalidade. Suas principais causas são de origem metabólica, neoplásica, tóxica ou medicamentosa, cuja evolução pode gerar lesões agudas, crônicas ou crônicas agudizadas, ocasionando muitas vezes a necessidade do transplante hepático. A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) envolve desde a presença de gordura no fígado, levando a esteatose hepática, à cirrose e em alguns casos evoluindo para um tumor hepático. É uma doença preocupante e frequente por estar associada com a obesidade e doenças metabólicas muito comuns atualmente. Devido às dificuldades do transplante é necessário terapias alternativas para os pacientes que aguardam na fila de espera para o transplante hepático. O transplante de hepatócitos humanos criopreservados ou de outras espécies animais é uma alternativa viável para auxiliar no aumento da sobrevida desses pacientes, embora haja algumas limitações como ativação da resposta imunológica inata e adaptativa, desregulação na cascata de coagulação e inflamação. Deste modo, é necessário conhecer os mecanismos de lesão hepática e reparo envolvidos nesta lesão para tentar proporcionar um microambiente mais adequado para o transplante. Técnicas em bioengenharia também estão sendo estudadas e podem apresentar uma estratégia promissora, enquanto os indivíduos aguardam na fila de espera ou auxiliando no restabelecimento natural da função hepática. A viabilização de bancos de hepatócitos funcionais, humanos e/ou suínos, também podem auxiliar de forma rápida estes indivíduos. Nesse projeto iremos utilizar um modelo de lesão hepática crônica induzida por dieta deficiente em metionina e colina e avaliar a eficiência da terapia com hepatócitos murinos, encapsulados ou não, na progressão da regeneração tecidual nesse modelo. Após, prosseguiremos com as perspectivas futuras, utilizando novas metodologias para recuperação da função hepática, com o xenoenxerto murino e a utilização de “mini-fígados” impressos em bioimpressoras com “biotinta” de alginato de sódio.
Área de conhecimento (CNPq): Biologia Geral Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 7.4. Outras doenças não-transmissíveis