Avaliação do perfil de expressão do gene proibitina em cabeças e corpos de fêmeas Aedes aegypti submetidas a diferentes condições fisiológicas voltar para a edição atual

JULIA LIMA PECANHA

Sob orientação de RAFAELA VIEIRA BRUNO e ANDRESA BORGES DE ARAUJO FONSECA
Os mosquitos Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) são os principais vetores de patógenos que causam doenças de importância médica como Dengue, Zika e Chikungunya (Valle et al. 2021). Estudos mostram que proteínas expressas na superfície das células desse inseto, agem como receptoras para que os vírus possam infectar as mesmas. Dentre elas está a Proibtina (Kuadkitkan et al. 2010). O gene proibitina tem como produto uma proteína que é altamente conservada e expressa de forma ubíqua em células eucarióticas, como as de mamíferos e mosquitos. Em Aedes aegypti, os vírus DENV e CHIKV parecem utilizar essa mesma proteína de membrana para entrar nas células, mesmo pertencendo a famílias distintas (DENV – Flaviviridae; CHIKV – Togaviridae) (Ghosh et al. 2019; Kuadkitkan et al. 2010; Sharma et al. 2020). Já foi visto que o gene proibitina 2 age como um regulador molecular do relógio circadiano em células de mamíferos (Kategaya et al. 2012). E, em estudos preliminares do nosso grupo, vimos que esse mesmo gene possui uma expressão cíclica em células Aag2 de Ae. aegypti (Fonseca et al. em preparação). Deste modo, acreditamos que nos mosquitos, esse gene possa ter uma expressão rítmica, o que poderia impactar diretamente na quantidade de vírus que infecta as células deste inseto ao longo do dia. Então, pretendemos analisar o perfil de expressão deste gene em Ae, aegypti ao longo de 24 horas em cabeças e corpos de fêmeas em diferentes estados fisiológicos (virgens, inseminadas e infectadas artificialmente).
Área de conhecimento (CNPq): Parasitologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 1.1. Biologia de vetores ou hospedeiros de doenças humanas e animais