SÍNDROME DA COVID LONGA: ESTUDO DA CARGA VIRAL ESTIMADA EM DIFERENTES LINHAGENS/VARIANTE DE PREOCUPAÇÃO DO SARS-COV-2 ASSOCIADA AO HISTÓRICO DE IMUNIZAÇÃO PARA A COVID-19.voltar para a edição atual

LETICIA FERREIRA ESPINOSA

Sob orientação de Fernando Braga Stehling Dias
A síndrome pós-COVID-19 atinge cerca de 40% da população que foi diagnosticada com COVID-19, afetando negativamente o estilo de vida das pessoas, tornando-as até mesmo incapacitante para a retomada de atividades que eram consideradas anteriormente rotineiras para esses indivíduos. As sequelas pós-aguda (PASC) estão sendo cada vez mais em evidência. Compreender de forma mais sistêmica os sintomas da PASC se faz necessário diante a ausência de estudos e fatores de persistência da inflamação pós-recuperação, o que repercute negativamente na qualidade de vida das pessoas. Denominada como COVID-longa, essa “síndrome” está associada a traços imunológicos inatos e adaptativos, podendo atingir os indivíduos em todos os níveis de gravidade da doença. As sequelas crônicas podem persistir mesmo com melhorias em exames radiológicos e funcionais pulmonares, o que reforça a hipótese que outras fisiopatologias (e.g. complicações neurológicas, anormalidades metabólicas, déficit cognitivo e fadiga), além das lesões pulmonares, também podem envolver pacientes com COVID longa. Neste mesmo sentido, curiosamente, a síndrome pós viral semelhante à COVID longa já foi relatada por até 4 anos em pacientes diagnosticados com a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e síndrome respiratória aguda grave (SARS), outros dois tipos de coronavírus (YONG, 2021). Por se tratar de uma infecção recente surgida no final de 2019, associada ao aumento no número de pessoas com relatos das mais diversas sequelas que, aparentemente, foram diagnosticadas como síndrome pós-COVID, torna-se necessário um estudo a fim de avaliar uma coorte de pacientes diagnosticada com COVID-longa de forma a estimar a carga viral desses pacientes, bem como associá-la com os perfis sociodemográficos e parâmetros de imunização em regiões geográficas do país com menores condições socioeconômicas, como o estado do Ceará. Assim, o impacto das sequelas pós-aguda causadas pela infecção do SARS-CoV-2 sobre a saúde pública ainda é considerada uma lacuna do conhecimento que merece melhores entendimentos. Desta forma, o objetivo deste trabalho é estimar a carga viral em diferentes linhagens/variante de preocupação do sars-cov-2 e correlacioná-la com histórico de imunização em pacientes que desenvolveram a síndrome pós-COVID-19.
Palavras-chaves:COVID-19VOCVARIANTES DE PREOCUPAÇÃOSARS-COV-2 Área de conhecimento (CNPq): Biologia Geral Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 3.1. Diversidade genética, taxonomia, morfogênese e ultraestrutura dos vírus, epidemiologia molecular de vírus, evolução viral