O potencial terapêutico do transplante de mitocôndrias isoladas de células-tronco mesenquimais em células endoteliais estimuladas com heme e hemozoína, em modelo in vitro de malária. voltar para a edição atual

PATRICIA DE MATOS DE MOURA

Sob orientação de TATIANA MARON GUTIERREZ e Maiara Nascimento de Lima
A malária é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium, que afeta principalmente regiões carentes do mundo e pode evoluir para formas graves, incluindo a malária cerebral (MC). Durante a infecção, o parasita invade as hemácias do hospedeiro e provoca uma resposta inflamatória, que leva à produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio. A presença de heme e hemozoína, produtos da digestão da hemoglobina, contribui para o estresse oxidativo intravascular e pode resultar em alterações neurológicas, incluindo danos às mitocôndrias. É importante ressaltar que existem tratamentos para malária, como o uso de anti-maláricos mas ainda não existem tratamentos para as sequelas e danos decorrentes da MC. Nesse contexto temos as células-tronco mesenquimais (CTMs), que são células multipotentes com a capacidade de autorrenovação e diferenciação. Elas possuem efeito imunomodulador, e suas mitocôndrias têm um papel importante na sinalização e diferenciação celular. Estudos mostram que a transferência de mitocôndrias de CTMs pode restaurar a respiração celular e modular o metabolismo oxidativo. Desse modo, o transplante de mitocôndrias derivadas de CTMs pode ser uma forma de atenuar o estresse oxidativo nas células endoteliais danificadas pela infecção da MC.
Palavras-chaves:SEPSEMALÁRIA CEREBRALTERAPIA CELULARCÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS Área de conhecimento (CNPq): Farmacologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 5.4. Estudos celulares, bioquímicos e moleculares do processo inflamatório, mecanismos fisiopatológicos e perspectivas terapêuticas nas respostas inflamatórias local e sistêmica