Isolamento de vírus respiratórios em amostras clínicas de SG e SRAG provenientes da rede de vigilância laboratorial de Influenza do Ministério da Saúde.voltar para a edição atual

BEATRIZ BONSAVER DIAS FERREIRA

Sob orientação de BRAULIA COSTA CAETANO
As infecções por vírus respiratórios (VR) como SARS-CoV-2, Influenza, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Adenovírus são problemas de saúde pública com importante impacto social e econômico, não apenas pelo fato de as infecções estarem associadas a temporadas anuais de doenças respiratórias, mas também pelo risco da emergência de epidemias e pandemias. Um dos pilares das estratégias de prevenção e controle das infecções respiratórias virais é o monitoramento epidemiológico contínuo e robusto dos VR circulantes na população. Isso envolve tanto a detecção de vírus associados a quadros respiratórios, por meio da testagem em massa de espécimes clínicos, quanto a análise genética, antigênica e fenotípica dos VR presentes em amostras positivas. Isso permite acompanhar a dinâmica evolutiva dos vírus sazonais em diferentes regiões, ajustando-se as estratégias de controle ao cenário epidemiológico local. Também permite detectar precocemente emergência de linhagens que ofereçam maior risco a população, como por exemplo, variantes virais mais transmissíveis e patogênicas, ou que escapem da resposta vacinal, ou que sejam resistentes a antivirais em uso. Enquanto a detecção e sequenciamento viral podem ser realizados a partir das amostras clínicas dos pacientes, os estudos antigênicos e funcionais são realizados por meio de técnicas “in vitro” que dependem previamente de cultivo celular e isolamento e propagação de amostras virais a partir de espécimes clínicos positivos. A antigenicidade viral é avaliada em ensaios sorológicos - como por exemplo, inibição de hemaglutinação (HI), microneutralização (MNT), ensaio de redução de placas ou focos (PRNT) - nos quais os isolados virais são desafiados com amostras de soro produzidas contra os próprios isolados ou pela vacinação. Nos estudos funcionais de avaliação de sensibilidade/resistência a antivirais, a replicação viral é medida, por meio de diferentes técnicas, na presença ou ausência de compostos antivirais de interesse. O presente subprojeto de IC propõe o isolamento de amostras de VR para estudos antigênicos e funcionais.
Área de conhecimento (CNPq): Microbiologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 3.2. Biologia celular e molecular de vírus e a sua interação com células hospedeiras, drogas antivirais e resistência