Identificação e avaliação da atividade sobre macrófagos de vesículas extracelulares oriundas hemácias infectadas por Plasmodium spp.voltar para a edição atual

Pedro Lucas Almeida Gomes

Sob orientação de TATIANA ALMEIDA PADUA e MARIANA CONCEICAO DE SOUZA
A malária grave é uma condição sistêmica caracterizada por manifestações clínicas como malária cerebral, síndrome do desconforto respiratório agudo e injúria renal aguda que pode levar ao coma e a morte [1]. Esse quadro observado está associado à resposta inflamatória sistêmica desencadeada, entre outros fatores, pela adesão de leucócitos à microvasculatura, hemácias parasitadas obstruindo o fluxo sanguíneo, e a produção exacerbada de mediadores inflamatórios [2]. A infecção de roedores por P. berghei é o modelo experimental de malária mais utilizado já que apresenta sintomatologia semelhante à malária grave em humanos [3]. Entretanto, os esforços para diminuir a quantidade de cobaias utilizadas na experimentação científica impulsionam o desenvolvimento de novas metodologias in vitro. Assim, as vesículas extracelulares (VEs) oriundas de hemácias infectadas têm sido utilizadas como alternativa em estudos sobre a malária [7]. As VEs são liberadas através da vesiculação das membranas plasmáticas de diferentes tipos celulares promovendo uma efetiva comunicação célula-célula [4]. Pacientes infectados por P. falciparum e P. vivax apresentam níveis elevados de VEs derivadas de eritrócitos e plaquetas e em modelo experimental de malária por P. berghei foi demonstrado que as VEs atuam via TLR nos macrófagos [5]. Desta forma uso dessas microvesículas pode ser uma ferramenta útil e rápida para estudos sobre a fisiopatologia da malária e para o desenvolvimento de novas terapias anti-maláricas.
Palavras-chaves:SUBTIPOS LEUCOCITÁRIOSMACRÓFAGOSNEUTRÓFILOSMALÁRIAPLASMODIUM SPP. Área de conhecimento (CNPq): Parasitologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 5.4. Estudos celulares, bioquímicos e moleculares do processo inflamatório, mecanismos fisiopatológicos e perspectivas terapêuticas nas respostas inflamatórias local e sistêmica