Análise da participação da GP63 de Leishmania tarentolae na infectividade dos hospedeiros vertebrado e invertebradovoltar para a edição atual

Mariana Teixeira de Freitas

Sob orientação de VITOR ENNES VIDAL e CLAUDIA MASINI D AVILA LEVY
O tratamento das leishmanioses apresenta uma série de efeitos colaterais e pode ser ineficaz (Ennes Vidal et al., 2022), logo fatores de virulência do gênero Leishmania são alvos para o desenvolvimento de quimioterápicos ou vacina. Podemos destacar a GP63, uma metalopeptidase abundante nos promastigotas e ancorada por GPI que está relacionada tanto com o ciclo de vida, quanto com a patogenicidade de Leishmania sp.(d'Avila-Levy et al., 2014). Entretanto, estudos de infectividade em hospedeiros invertebrados revelam dados conflitantes. Em 2012, foi relatado que a GP63 se apresenta expandida no genoma de L. tarentolae, um parasito de lagarto não patogênico ao homem, mas houve detecção de atividade proteolítica (Raymond et al., 2012). Além disso, devido seu fácil manuseio e rápido crescimento, L. tarentolae é utilizada como modelo para diversos estudos de produção heteróloga de proteínas (Klatt et al., 2019). Deste modo, superexpressar a GP63 será de extrema valia para melhor compreender as funções da GP63 na interação com hospedeiros vertebrado e invertebrado. Nossos resultados preliminares demonstram que a atividade proteolítica da GP63 de L. tarentolae está consideravelmente diminuída quando comparada às leishmanias patogênicas, podendo justificar a ausência de patogenicidade (Lopes, dissertação de mestrado, 2018). Portanto, nosso objetivo consiste em analisar o papel da GP63 de L. tarentolae no processo de interação com seus hospedeiros vertebrado e invertebrado através do uso de uma cepa superexpressando a GP63 de L. tarentolae e a de uma espécie patogênica em ensaios in vitro de infectividade.
Área de conhecimento (CNPq): Parasitologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 4.3. Biologia, bioquímica e biologia molecular de parasitos e a sua interação com células e hospedeiros