Estudo da funcionalidade de células de placenta humana frente a infecção pelo ZIKV voltar para a edição atual

Graciele Maria dos Santos

Sob orientação de ELEN MELLO DE SOUZA
A infecção pelo vírus zika (ZIKV) em mulheres grávidas está associada a uma variedade de defeitos congênitos incluindo microcefalia, calcificações intracranianas, doença ocular, déficits auditivos, restrição de crescimento intrauterino e aborto espontâneo, coletivamente denominada síndrome congênita do Zika (SCZ). Estudos demonstraram que o genoma do ZIKV foi detectado no líquido amniótico e no cérebro fetal, confirmando que o vírus atravessa a barreira placentária. No entanto, as alterações funcionais que ocorrem na interface materno-fetal e contribuem para o desenvolvimento da patogênese fetal não estão caracterizadas. Neste estudo, será investigado o quanto a infecção pelo ZIKV altera a funcionalidade de células da placenta humana em cultivo ex vivo e in vitro, através da avaliação dos parâmetros fisiológicos de: i) proliferação; diferenciação e invasão de trofoblastos de 1° trimestre, e ii) secreção dos hormônios e peptídeos tais como, estradiol; progesterona; lactogênio placentário humano (hPL); gonadotrofina coriônica humana (b-hCG); fator de crescimento placentário (PlGF); fosfatase alcalina placentária (PLAP) e antígeno leucocitário humano G1 (HLA-G1). Assim, pretendemos elucidar o envolvimento de mecanismos morfofisiológicos e endocrinológicos na possibilidade de infecção intrauterina pelo ZIKV e contribuir para a geração de conhecimento relacionado aos aspectos da patogenia do ZIKV na interface materno-fetal.
Palavras-chaves:ZIKA VÍRUSTRANSMISSÃO CONGÊNITACÉLULAS PRIMÁRIAS DE PLACENTA HUMANACULTIVO 2D E 3DCOINFECÇÕESANTIVIRAIS Área de conhecimento (CNPq): Morfologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 3.2. Biologia celular e molecular de vírus e a sua interação com células hospedeiras, drogas antivirais e resistência