Análise do polimorfismo GPX1 e GPX4 e a relação com a evolução clínica da COVID-19 no Brasilvoltar para a edição atual

THAYSSA VIEIRA CARVALHO

Sob orientação de ROBERTO RODRIGUES FERREIRA e TANIA CREMONINI DE ARAUJO JORGE
A COVID-19 é uma doença infecciosa que vem assolando o mundo desde seu aparecimento em dezembro de 2019. As principais manifestações clínicas variam de brandos até falência múltipla de órgãos e a morte. Durante a infecção pelo Sars-Cov-2, causador da COVID-19, estudos ressaltam uma deficiência no nível de selênio no sangue de pacientes e elevado nível de estresse oxidativo. Os baixos níveis séricos do selênio já foram associados à severidade da COVID-19, sendo observados principalmente em pacientes que vieram a óbito. O selênio é um elemento químico essencial para o funcionamento do organismo. Quando absorvido, o selênio é metabolizado no aminoácido selenocisteína, a principal forma do elemento na célula, a selenoproteína. Essas proteínas têm, entre diversas funções, a proteção contra danos oxidativos de peróxidos de hidrogênio e lipídeos; transporte e entrega de selênio em tecidos periféricos; assim como resposta ao estresse do retículo endoplasmático e ao controle da inflamação nas diversas selenoproteínas. Assim, essas proteínas têm sido bastante investigadas pelo seu importante papel nas infecções virais pelas suas ações antioxidantes, anti-inflamatórias e o equilíbrio redox nas células. Polimorfismo de nucleotídeos únicos (SNP) nos genes das selenoproteínas já foram descritos por alterarem a atividade e níveis séricos dessas proteínas. Assim, o objetivo do presente projeto é avaliar e elucidar o papel do selênio e das selenoproteínas, assim como os polimorfismos associados aos seus genes, na infecção pelo Sars-Cov-2 em pacientes durante a progressão da doença aguda. Para isso, serão realizadas análises de sete polimorfismos de base única por PCR e sequenciamento das regiões de interesse, bem como a quantificação dessas proteínas no soro de pacientes com COVID-19. Dessa forma, avaliar o papel das selenoproteínas em um ensaio clínico através do reconhecimento da associação entre os polimorfismos dos seus genes, que podem influenciar na infecção pelo Sars-Cov-2 e no desenvolvimento da doença, poderia contribuir para o mapeamento de genes de suscetibilidade ou resistência à COVID-19.
Área de conhecimento (CNPq): Imunologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 3.4. Imunopatologia e resposta imunológica nas infecções virais