AVALIAÇÃO DO POTENCIAL INIBITÓRIO DE NANOCORPOS E SEUS CONSTRUTOS À VENENOS E TOXINAS OFÍDICASvoltar para a edição atual

THIFANY FOSCHIERA DE MELO

Sob orientação de NIDIANE DANTAS REIS PRADO e Soraya dos Santos Pereira
O tratamento do ofidismo se restringe aos soroterápicos, que são eficazes para os danos sistêmicos, porém com menor eficácia para os danos locais, agravos importantes em envenenamento por serpentes do gênero Bothrops, atribuídos principalmente à ação de fosfolipases A2 (PLA2s) e metaloproteinases (GUTIERREZ, 2003). Diante dos desafios inerentes a soroterapia antiofídica, e dentre as ferramentas biotecnológicas disponíveis pode-se destacar o potencial dos anticorpos tipo VHHs, que apresentam elevado potencial de reconhecimento antigênico e alto índice de penetração tecidual, com atividade de neutralização de toxinas ofídicas em ensaios in vivo (CORTEZ-RETAMOZO et al., 2002; RICHARD et al., 2013). Na vertente de produção de insumos aplicáveis a terapêutica do ofidismo, bibliotecas de anticorpos do tipo VHH foram produzidas. Estudos prévios demonstraram que VHHs anti-PLA2s monovalentes anti-toxinas PLA2 (GenBank: KC329718) foram capaz de reduzir a atividade fosfolipásica das toxinas BthTX-I e II in vitro e a miotoxicidade induzida pelo veneno in vivo (PRADO et al, 2016). Como desdobramento, novas abordagens quanto a avaliação do potencial de VHHs monovalentes, construtos engenheirados constituídos por VHHs e associação de VHHs oligoclonais (contra diferentes alvos) representam estratégias importantes para a proposição dos anticorpos do tipo VHHs para a terapêutica do ofidismo. A proposta está alicerçada na particularidade relacionada a desenvolver insumos capazes de neutralizar diferentes toxinas e venenos de várias espécies de serpentes, uma característica relacionada a neutralização cruzada, altamente desejável quando se trata do desenvolvimento de terapêutica antiofidica (LEDSGAARD et al 2018). Desta forma, nesta proposta busca-se ampliar a proposição dos anticorpos do tipo VHH como insumos.
Área de conhecimento (CNPq): Farmacologia Linha de pesquisa na FIOCRUZ: 26.4. Pesquisa e Desenvolvimento de biofármacos, anticorpos, e outras macromoléculas terapêuticos