Avaliação dos impactos à saúde humana associado ao uso de drogas de abuso no Brasilvoltar para a edição atual
Gabriel Salles De Simone Lima
Sob orientação de LILIANE REIS TEIXEIRA e THELMA PAVESI
O uso abusivo de substâncias químicas lícitas e ilícitas, denominadas drogas de abuso, configura um grave problema de saúde pública à nível mundial.
No Brasil, o uso excessivo de bebidas alcoólicas é a causa da maioria dos acidentes de trânsito, causa comportamento antissocial, evasão escolar, violência doméstica e inúmeros problemas de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, registrou 400,3 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de drogas e álcool. O número mostra um aumento de 12% em relação a 2020, ano com 356 mil registros.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a nicotina é uma droga e tem atuação direta no Sistema Nervoso Central. O cigarro pode causar cerca de 50 doenças diferentes, especialmente problemas ligados ao coração e à circulação, cânceres de vários tipos e doenças respiratórias.
A associação de bebidas alcoólicas com medicamentos pode levar a efeitos colaterais graves, inclusive com risco de morte. O álcool pode tanto potencializar os efeitos de um medicamento ou droga ou outro agente xenobiótico quanto neutralizá-lo. O hábito de fumar também pode interferir no metabolismo de várias maneiras. Ambas as drogas são por estas razões fatores confundidores quando se realiza estudos epidemiológicos na toxicologia. E desta forma há interesse no biomonitoramento destes agentes, justificando assim o estudo de metodologia analítica quantitativa que no futuro possa ser implementada no Laboratório de Toxicologia do Cesteh.